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terça-feira, 28 de julho de 2009

Temporais



Fúria dos ventos
Verbos que discordam
Tormentas que se entendem
Nem toda a lágrima tem um porquê
Vulcões adormecidos, contidos
Palavras que gritam em silêncio
Tempestades permitidas
Somente em pensamento
Encantamento em maré alta
Relâmpagos de insônia
Clarões acordam pesadelos
Trovões ensurdecem desejos
Em ruas alagadas pela chuva
Que não cessa, inundando
A alma, que nem sempre calma
Almeja por dias claros
Raros, distantes...
Furacões não conseguem levar
A revolta de uma paixão,
Proibida pela inconstância dos ventos

Rita Encinas

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