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sábado, 24 de abril de 2010

Muito mais que amor



Muito mais que afinidades
Toda uma vida de lealdade
Resumida em um amor infinito
Que ninguém é capaz de explicar
Muitos caminhos percorridos
Com destinos diferentes
E finais parecidos.
Almas gêmea, áureas irmãs
Que tudo sentem
Que tudo choram
Que em tudo vibram
De alegria e contentamento
E, que a todo momento
Caminham juntas, paralelas
Como um elo de magia
Que nunca acaba, somente reinicia.
Tuas lágrimas brotam em meus olhos
E meu sorriso em tua boca,
O teu caminho é o meu,
E sempre será,
Porque o amor que nos une…
Esse sim, nunca  acabará!

Rita Encinas

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um certo retrato


Aquele retrato!
Impossível não lembrá-lo
Tão impar e inigualável,
Sou capaz até de soletrá-lo.
Cada linha continha várias notas
Que compunham a melodia mais bela
Que o cantar dos pássaros na alvorada
Que suavemente me fitava
Em sonho todas as madrugadas.
Aqueles olhos pequenos
Comportavam toda a doçura
De inúmeros favos de mel
E ao mesmo tempo ardiam como fogo
Teimando em arrancar-me o véu,
E beber todos os meus segredos.
Barba por fazer emoldurava tua boca,
Que, mesmo sem nada dizer,
Soprava aos quatro cantos
Toda alegria de viver!
Mistura de sonho e fantasia,
Que aquece minha alma e extasia,
Este retrato, que nada tem de abstrato
Traz pinceladas da mais rara aquarela,
Tão sutil como o perfume dos lírios
Que clareiam e perfumam minha janela
Faz-me flutuar em espirais furtacor
E chegar com toda plenitude em teu céu
E tocar cada uma de tuas estrelas!

Rita Encinas

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Chuvas de abril



Chuvas de abril
Corta o outono de galhos secos
E o toma em ar primaveril
Flores abrem um sorriso de menina
Como se debochassem do efeito estufa.
Folhas secas alegram-se
Ao rolar no chão com a água
Lembrando bricadeiras de verão
Ah chuvas de abril,
Agora quer viver um amor de inverno,
Já que as paíxões de verão se vão,
Deixando sempre lembranças
Desbotadas que secam o coração

Rita Encinas