Chegaste assim de mansinho,
Com pegadas leves e suaves
Como quem flutua no firmamento,
Me pegou de jeito, me virou no avesso
Desnudou minha alma, trouxe-me um espelho
Apresentou-me meu reflexo,
Que até então, por mim era desconhecido.
Poeta com alma de menino,
De versos sutis e marcantes
Ora ingênuos, ora ardentes,
Que cravam em meu peito
Tão certeiramente, como uma flecha
Arremessada por um arcanjo,
Que chegam a doer, assim como o amor.
Dor que arde e ao mesmo tempo encanta.
E meus olhos, enternecidos,
Um oceano contido,
Marejam, incansavelmente,
Toda vez que um verso teu é lido!
Grande poeta, meu amigo
Desta e certamente de outras vidas,
Desejo que essa luz que em ti irradia
Traga-lhe sempre muita paz,
Harmonia e alegria!
Rita Encinas
Viver
ResponderExcluirA vida é uma flor aberta,
esperando alguém para extrair-lhe o mel.
Quando o vento da tristeza,
das dores, das preocupações
balança tudo, reforça você.
Sabe por que?
A flor é eterna, o mel nunca se acaba,
fica escondido numa taça de perfume
e a gente faz que não vê.
Alegria, paz, harmonia, amor,
por maior que seja a dose, nunca embriaga.
Dá plenitude, força e vontade
de sair plantando
as flores da esperança, da bondade.
Assim, louvando a vida,
é preciso amanhecer criança,
cheia de ansiedades
para beber uma taça desse mel,
com aroma e sabor de oportunidades.
Ivone Boechat(autora)
Publicado no livro amanhecer 3ª Ed.Reproart-RJ 2004