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domingo, 3 de outubro de 2010

Eclípse



A noite cai no colo de flores
Solidárias e perfumadas,
Que a consolam, acariciando-a
Desejando-lhe bons sonhos.
Ao ver seu amado partindo,
Lentamente, em tons dourado-rubi,
Até ocultar-se inteiramente,
Sente-se cada vez mais fria,
E encontra calor em folhagens
Aquecidas e acariciadas por ele.
Adormece feliz, sabendo
Que irá encontra-lo novamente,
Por alguns instantes apenas,
Tão logo as flores banhem sua face,
Com lágrimas orvalhadas de emoção,
Por compartilharem com ela
A tristeza da solidão.
E assim foi durante
Incontáveis primaveras,
Até que teve a idéia
De fazer uma flecha,
Com espinhos cedidos por uma rosa,
E lançando-a para o alto,
Acertou um anjo distraído,
Que se transformou em um eclipse,
E os uniu eternamente.

Rita Encinas

Um comentário:

  1. Oi!

    Rita, lindo poema, Parabéns!

    Passe no meu blog pegue selo,carinho do meu para o seu blog.
    beijos!!!

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