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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Imprevisível




Chuva de outono
Carrega consigo
A secura da vontade de um beijo
O deserto da solidão, um ensejo
De rolar na areia até o mar
Despertar para a vida, viajar.
Trovejar, deixar-se levar,
Brindar com o sol e a Lua a namorar
E entre um desencontro e outro,
Minguar, crescer, encher e renovar,
E, num dia de inverno atípico,
Com seu calor, deixar secar
Todo o pranto, esperando
O imprevisível.

Rita Encinas

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