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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um certo retrato


Aquele retrato!
Impossível não lembrá-lo
Tão impar e inigualável,
Sou capaz até de soletrá-lo.
Cada linha continha várias notas
Que compunham a melodia mais bela
Que o cantar dos pássaros na alvorada
Que suavemente me fitava
Em sonho todas as madrugadas.
Aqueles olhos pequenos
Comportavam toda a doçura
De inúmeros favos de mel
E ao mesmo tempo ardiam como fogo
Teimando em arrancar-me o véu,
E beber todos os meus segredos.
Barba por fazer emoldurava tua boca,
Que, mesmo sem nada dizer,
Soprava aos quatro cantos
Toda alegria de viver!
Mistura de sonho e fantasia,
Que aquece minha alma e extasia,
Este retrato, que nada tem de abstrato
Traz pinceladas da mais rara aquarela,
Tão sutil como o perfume dos lírios
Que clareiam e perfumam minha janela
Faz-me flutuar em espirais furtacor
E chegar com toda plenitude em teu céu
E tocar cada uma de tuas estrelas!

Rita Encinas

2 comentários:

  1. "Carinho é :

    Afago na alma
    colorindo as paredes do dia ...
    São gotículas
    de sorrisos,
    porções de alegria."

    Linda noite de Sábado. Beijos!

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  2. Olá Rita! Hoje é quarta-feira, uma correria. Não repare em minha visita relâmpago, mas venho lhe convidar para ler o novo capítulo de “O Diário de Bronson (O Chamado)” e deixar o seu comentário.

    Retornarei com melhores modos e mais tempo. Tenha uma ótima semana. Abraço do Jefhcardoso!

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