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domingo, 3 de abril de 2011

Chuvas de abril




Chuvas de abril
corta o outono de galhos secos
e o toma em ar primaveril,
flores abrem um sorriso de menina
como se debochassem do efeito estufa.
Folhas secas alegram-se
ao rolar no chão com a água
lembrando bricadeiras de verão.
Ah chuvas de abril,
agora quer viver um amor de inverno,
já que as paíxões de verão se vão,
deixando sempre lembranças
desbotadas que secam o coração.

Rita Encinas

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ser infinito




Ser infinito

Fonte de beleza infinita,
faz da flor a pele
que reveste nervos,
turbilhões de hormônios,
humores vários.
Força colhida entre pedras,
dores e precipícios...
Volta ao início,
dá a luz, sobre(vive),
e faz viver de amor
e, por amor renuncia.
Sem escolhas, faz a sua,
pra ver feliz quem ama.
Joga sementes ao Sol
que a Lua faz chover
em coração deserto.
Espera a cada dia
Renascer, em algum lugar,
onde haja flores a sorrir,
deixa fluir...
Abraça a vida com um olhar
e, faz chorar de emoção,
Quem seu nome pronunciar...
 - Mulher!

Rita Encinas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Caminhando



Hoje vivo apenas
juntando fragmentos
que colhi pelo
caminho a vida inteira,
pedacinhos de carinho,
afeto, desafeto,
encontros, desvios,
amor aos pedaços,
tropeços, acertos,
declíneos, ápices...
Meu quebra-cabeça
sempre falta uma peça.

Rita Encinas

domingo, 20 de fevereiro de 2011

É proibido/permitido

Determinantemente,

é proibido:
Me fazer infeliz,
invadir meu quintal,
trancar minha aldeia,
sedar meus cachorros,
vedar minhas veias,
podar meu jardim,
murar meu quintal,
amordaçar meu olhar,
vendar minha boca louca,
interromper meus sonhos,
abrir as garrafas vazias,
entender minhas agonias,
dormir em minha cama,
apagar minha chama,
É totalmente probido!


Gustavo Drummod

Completamente 

é permitido:
pular meu muro,
invadir meu escuro,
soltar minhas bruxas,
morar em minha vida,
sentir-me querida,
clarear meu olhar,
destravar unhas e dentes,
escandalizar minhas flores,
por mim, morrer de amores,
consumir minhas drogas,
tomar todo meu vinho,
colocar-se em meu caminho,
deitar em minha rede,
matar a minha sede,
É completamente permitido!


Rita Encinas

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ainda é cedo




Tempo marcado,
ponteiros incertos,
minutos contados,
segundos marcantes.
Areia colorida escoa,
cada grão, uma vertigem,
cronômetro dispara
e nada se compara
àquele momento
em que o ocaso
chegou junto com a lua
e nos disse:
"Ainda é cedo"!
Tempo ilimitado
relógio andarilho,
galopa apressado,
segue trilhos.
Astros em movimento,
cada passo, uma esperança,
lucidez desperta,
em tudo há o alerta,
aquele tormento,
em que o acaso
em coro com o céu
nos avisa:
"A vida não para"!


Rita Encinas/Gustavo Drummond

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ah, eu tudo faria...




Quisera eu ser o motivo
do brilho dos olhos teus,
e quando abrires um sorriso
o encanto ser todo meu

Contaria às estrelas do céu
o segredo das estrelas do mar,
da Lua cheia tiraria o véu
e vestiria pra te encantar

Ah, tudo eu faria amado meu,
para ser, mesmo que por instantes 
o brilho dos olhos teus.

Mas agora somente o que vejo
é tua face em cada nuvem fugaz,
e teu olhar em meu latente desejo.

Rita Encinas

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Desejo

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Indefinível




No momento em que teus olhos
disseram que de mim tudo sabiam
meu corpo ardia a confessar
o que meus lábios não mais podiam

Seria paixão de outras eras
prolongando-se nesta vida
ou apenas uma quimera
imprescindível de ser vivida?

Essa paixão que nos consome
transporta-nos a um universo
que nem sei ao certo o nome...

Que seja nirvana ou então infinito
só sei que me lês de verso em verso,
eu, teu livro aberto, no poema mais bonito!

Rita Encinas

sábado, 29 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Meu jardim



Pés descalços,
terra molhada,
danço entre elas,
amigas perfumadas!
Papoulas, cheia de pompa,
Crisântemos animados,
Margaridas atrevidas,
tentam imitar
o movimento dos girassóis,
orquídeas ousadas,
copos de puro deleite,
desejos no ar!
Onze horas
cheias de nove horas,
lírios do vale
que nem sabem
o quanto valem,
Prímulas primorosas
azáleas a toda prosa,
violetas sapecas,
que violam
o perfume da rosa,
damas da noite
convidam amantes
pra ver o luar
em noites de calor,
amores-mais-que-perfeitos
sorriem...
e dizem que perfeito mesmo,
é só o amor!

Rita Encinas

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um carinho mais que benvindo!

Mando Mago Poeta,
amigo lindo de viver
grande poeta, sensibilidade ímpar!
É uma honra ter a tua companhia
nesse mundo mágico de versos
e uma emoção indescritível
receber de ti esse lindo presente!




Serenata

Por mais que eu fale de amor,
que escreva a natureza em versos...
nenhum poema poderá expor
o que há nesse seu universo.

O que esse sorriso de alegria,
faz entoar cânticos sob a janela
feito uma serenata em boemia,
um cantar poético para a mulher mais bela!

Mando Mago Poeta 22:17 9/1/2011


Rita Encinas

Todas as rosas no céu
sorrindo, brancas feito nuvens,
todas as estrelas dos seus olhos,
brilhando feito fagulhas no céu,
são azul-celestes em dois globos,
são céus esverdeados em meu mundo...

Todas as incógnitas sorridentes,
são mistérios teus que me fascinam,
em cada riso contagiante,
em cada poema de sensibilidade sutil...

Todas as rimas em versos,
são só palavras sem sentido,
quando sua boca recita
ao chamar meu nome!

És o poema mais belo que já foi escrito,
em uma melodia sem igual...
és o poema que meu coração sentia,
e nunca conseguiu escrever!

Mando Mago Poeta 18:40 2/1/2011

Tão perto



Tão perto
(poema dedicado ao amigo Mando)

É assim que te sinto,
tão perto, tão dentro de mim,
que é como se estivéssemos juntos
por uma vida inteira.
Todas as noites
A ânsia em ver-te
se desfaz com apenas um clique,
e o sabor amargo de solidão
dá lugar à mais doce aventura.
E viajamos por mundos distantes
e nos perdemos no caminho de volta.
E em cada sonho te chamo,
não para que me acordes
e sim para sonharmos juntos.

Rita Encinas

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um carinho para a amiga Dalvalene

















D engosa essa mulher,
A miga que quer colo, mas quem não quer?
L ua nova, enquanto espera a crescente,
V ai e vem, alegrando toda a gente.
A zul ela veste, imitando o céu
L indas pernas a mostra
E nfeitam as ruas de
N atal, cidade do Sol!
E
as ondas do mar aplaudem...



Rita Encinas

Presente de amiga





Presente de amiga
(Poema dedicado à amiga Marlene)

Bendita sejas amiga distante,
Que a cada instante se faz presente
E fica contente ao me ver sorrir.
O teu “bom dia” me ilumina,
Faz despertar a minha menina
Que eu tanto gosto de sentir.
Entrastes em minha vida
Pra torna-la mais colorida,
Levinha e gostosa pra seguir.
Os anjos trazem rosas amarelas
Para enfeitar a tua janela
E sempre te ver sorrir!

Rita Encinas

Ah, Mar...





Ah, Mar...
(Poema dedicado à amiga Mar)

Ah, Mar de água doce
Oceano de água límpida e clara
De tão rara beleza e cor
Águas que por entre
Pedras preciosas derramam-se
Em forma de cachoeira
Regando jardins de flor em flor
Mulher de sorriso perfumado
Olhar delicado, mãos de fada
Que acariciam estrelas
Que nascem no fundo do Mar
E faz brotar lindos versos de amor!


Rita Encinas

Poema para Gustavo



Chegaste assim de mansinho,
Com pegadas leves e suaves
Como quem flutua no firmamento,
Me pegou de jeito, me virou no avesso
Desnudou minha alma, trouxe-me um espelho
Apresentou-me meu reflexo,
Que até então, por mim era desconhecido.
Poeta com alma de menino,
De versos sutis e marcantes
Ora ingênuos, ora ardentes,
Que cravam em meu peito
Tão certeiramente, como uma flecha
Arremessada por um arcanjo,
Que chegam a doer, assim como o amor.
Dor que arde e ao mesmo tempo encanta.
E meus olhos, enternecidos,
Um oceano contido,
Marejam, incansavelmente,
Toda vez que um verso teu é lido!
Grande poeta, meu amigo
Desta e certamente de outras vidas,
Desejo que essa luz que em ti irradia
Traga-lhe sempre muita paz,
Harmonia e alegria!

Rita Encinas

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano (Re)Novo



O velho veste branco, 
e ao som de fogos multicor,
taças telintam como sinos
anunciando a chegada do novo...
A esperança está no ar!
Tudo se faz novo.
Sorrisos de tantas crianças
que brincam com os presentes
trazidos por Noel,
e outras tantas que sorriem,
pelo simples fato de estarem vivas.
Obstáculos superados,
missões cumpridas,
suspiros aliviados,
enfim, tudo recomeça.
E a vida continua
aos trancos e barrancos,
mas sempre com muita fé!

Rita Encinas

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Corpo e mente




Sou tua ferida consentida
Tua cicatriz bendita
Tuas noites mal dormidas,
Dos teus sonhos o melhor pesadelo
De tuas flores, a preferida
O fogo enternecido de tuas veias,
A chama que arde em teu peito
Dos teus pares, o mais perfeito
A nuvem que se esconde
E te surpreende em um dia quente
Lágrimas comoventes e ingênuas
Que banham tua face carente
Sou toda tua loucura, desassossego
Incoerência de teus apegos
Estão em mim todos os teus medos,
Labirintos, becos, precipícios
Não tenho final, início somente,
Uso meios indescritíveis
Para me instalar... E ficar
Entre teu corpo e tua mente.

Rita Encinas

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Te amar de novo?




Naquele dia
eu bem o ouvia ao longe
chamar meu nome
como quem busca
esperança em uma estrela
cadente ou incandescente,
fingi não ouvir, já não queria
mais a paixão de volta, doía,
meu sangue já pulsava
com certa preguiça...
te amar de novo?
Imaginei que não daria.
Mas teus olhos
brilharam nos meus,
que covardia!
Roubaste a luz incandescente,
e cadente fiquei eu
de volta aos braços teus.

Rita Encinas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Voemos




Teus olhos compridos
pedintes, atrevidos
sabem falar, que lindo!
Sou toda ouvidos,
alma e coração,
basta apenas um gemido
que me derreto em sedução
o corpo choca
com o toque de mãos
que acertam em cheio
o mais íntimos de meus desejos,
lampejos, faíscas, furacão.
pés torneados caminham
na contramão, tentam fugir
mas bailam em sentido oposto
e deslizam, como quem quer voar...
Voemos então!

Rita Encinas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Arte em amor



Toma-me para ti
molda-me, 
esculpa-me
faça-me a tua 
mais perfeita
obra de arte
divida-me 
em duas partes,
amor e paixão,
teu destino escrito
nas estrelas
e nas linhas 
da palma de tua mão.
Seja eu o teu amor
de todos os verões
e na primavera
abrirei cada uma
de minhas pétalas,
para que no outono
guardes entre as páginas
do livro de tua vida.

Rita Encinas

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Esqueça



Chegue devagar,
Sem pressa.
Deixe os ponteiros
De lado
E esqueça...
Tudo.
Menos a lua,
Cheguem juntos,
Trazendo o brilho
Do sol na pele,
E a magia do cosmos
No olhar,
Pó de estrelas
 Pra enfeitar
Nosso quarto
Crescente,
Íntimo
Secreto
Sagrado
Nosso templo
Nosso pequeno 
Espaço,
Surdo,
Mudo,
Inquieto,
Insano...
Nosso

!Rita Encinas

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sexta-feira



Hoje você pode cair na farra
Dançar a noite inteira
Encher a cara, falar besteira,
Afinal, hoje é sexta-feira.

Hoje você pode sair pra namorar
Ficar a olhar a lua que está cheia,
Imaginar lobisomem a rondar,
Afinal, hoje é sexta-feira.

Hoje você pode simplesmente
Ficar a toa, de papo pro ar
Deitar e rolar, relaxar,
Afinal, hoje é sexta-feira.

E eu, de tão louca que sou
E fui a vida inteira,
Permito-me imaginar
Que todo dia é sexta-feira!

Rita Encinas

domingo, 17 de outubro de 2010

Vida breve



Ando perdida assim,
sem rima, sem prosa,
nada restou, fiquei apenas
com o espinho da rosa.

As minhas canções
que eram melodiosas,
perderam o tom, a cor,
calaram-se, silenciosas.

Meus lindos sonhos
acordaram em pesadelos,
com medo do escuro,
solitários, em becos.

Mas meu corpo 
ainda arde em febre,
a morte clama pela vida,
mesmo sabendo que é breve.

Rita Encinas