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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Corpo e mente




Sou tua ferida consentida
Tua cicatriz bendita
Tuas noites mal dormidas,
Dos teus sonhos o melhor pesadelo
De tuas flores, a preferida
O fogo enternecido de tuas veias,
A chama que arde em teu peito
Dos teus pares, o mais perfeito
A nuvem que se esconde
E te surpreende em um dia quente
Lágrimas comoventes e ingênuas
Que banham tua face carente
Sou toda tua loucura, desassossego
Incoerência de teus apegos
Estão em mim todos os teus medos,
Labirintos, becos, precipícios
Não tenho final, início somente,
Uso meios indescritíveis
Para me instalar... E ficar
Entre teu corpo e tua mente.

Rita Encinas

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Te amar de novo?




Naquele dia
eu bem o ouvia ao longe
chamar meu nome
como quem busca
esperança em uma estrela
cadente ou incandescente,
fingi não ouvir, já não queria
mais a paixão de volta, doía,
meu sangue já pulsava
com certa preguiça...
te amar de novo?
Imaginei que não daria.
Mas teus olhos
brilharam nos meus,
que covardia!
Roubaste a luz incandescente,
e cadente fiquei eu
de volta aos braços teus.

Rita Encinas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Voemos




Teus olhos compridos
pedintes, atrevidos
sabem falar, que lindo!
Sou toda ouvidos,
alma e coração,
basta apenas um gemido
que me derreto em sedução
o corpo choca
com o toque de mãos
que acertam em cheio
o mais íntimos de meus desejos,
lampejos, faíscas, furacão.
pés torneados caminham
na contramão, tentam fugir
mas bailam em sentido oposto
e deslizam, como quem quer voar...
Voemos então!

Rita Encinas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Arte em amor



Toma-me para ti
molda-me, 
esculpa-me
faça-me a tua 
mais perfeita
obra de arte
divida-me 
em duas partes,
amor e paixão,
teu destino escrito
nas estrelas
e nas linhas 
da palma de tua mão.
Seja eu o teu amor
de todos os verões
e na primavera
abrirei cada uma
de minhas pétalas,
para que no outono
guardes entre as páginas
do livro de tua vida.

Rita Encinas